quarta-feira, 9 de novembro de 2011

PERIODIZAÇÃO TÁTICA: PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS E SUA APLICAÇÃO NO FUTEBOL

Neste artigo, atente aos princípios da periodização tática onde sua valorização e seu progresso no desenvolvimento do jogo é extremamente expressiva. Contudo, podemos dizer que, trabalhos produzidos por preparadores físico ganham uma complexidade no entendimento das intensidades fisiológica imposta durante o jogo oficial e durante o treino.

 


Este artigo, que se encontra no site:www.efdeportes.com, está na autoria de Rodrigo Vicenzi Casarin e Raul Oliveira.








 "O treino em futebol é de tal ordem complexo que permite que as mais variadas concepções conduzam de forma igualmente favorável ao sucesso desportivo. Muitas dessas, ainda buscam controlar o treino, pelo menos ao mais alto nível, através da dimensão fisiológica. Outras apararentemente evoluídas, procuram apenas integrar as dimensões, ou quase todas as suas dimensões, sem se preocuparem em entender o jogo como um sistema dinâmico de interação e inter-relação. Neste contexto, percebemos que essas concepções ainda se baseiam em parâmetros parcelados para responder aos problemas do jogo".


Mas se observarmos o futebol atentamentente, na medida que nos defrontamos com novas realidades, uma ideia mais global, ampla, alargada parace demonstrar realmente as verdaderias características desse desporto. Precisamente em Portugal ao longo dos últimos anos surgiu uma metodologia que ultrapassou essas tendências citadas acima e começou a intrigar, confundir e apaixonar o ambiente futebolistico. Apelidada como “Periodização Táctica” (PT) a abordagem é preconizada e defendida por treinadores como Mourinho, Peseiro, Carvalhal, Queiroz, etc. …


É exclusivamente sobre esta abordagem metodológica de treino que este artigo irá se debruçar, procurando abordar alguns de seus pressupostos e identificar algumas limitações e precipitações na implementação da PT como modelo conceptual de treino

 

Quebrando o Paradigma do Treinamento

Quinta (2003) relativamente ao panorama desportivo português afirmava que “treina-se pouco futebol e, quando se treina, tal realiza-se de uma forma aleatória, sem objectivos, programações ou planeamentos a curto, médio e longo prazo. O ensino-aprendizagem/treino do futebol, na maior parte dos casos, é efectuado sem um programa e/ou métodos definidos, não se estipulando a concretização de objectivos individuais e colectivos, ou seja, não se procurando que os jogadores e equipas atinjam determinado nível ou saibam fazer da melhor forma esta ou aquela acção individual ou colectiva”.


Não são raros os casos em que imperou (e, por vezes, continua a imperar) a lei da “corridinha e a pelada” como método de treino primordial de uma equipa de futebol. Em alguns casos a “corridinha” evoluiu e/ou foi mascarada com a introdução de uma bola de forma a ser visto como um treino “na moda” e quem o aplica ser considerado um metodólogo sempre atento aos fenómenos evolutivos da performance desportiva, sendo utilizada a metodologia do treino integrado de factores.

 
Aliás, este é um termo (treino integrado) que segundo Losa, et al. (2006) está já quase desgastado de tanto uso, ainda que quase sempre, escassa, ambígua e superfluamente abordado. Escasso porque a questão não é que tenha que incluir percepção, decisão, etc., mas sim que os estímulos, podendo ser maiores ou menores, devem ser sempre específicos do jogo. Ambíguo porque uma coisa é treinar com bola e outra absolutamente distinta é treinar futebol. Por último, supérfluo porque a prática sempre surgiu e surgirá da teoria prévia e profundamente organizada, e neste caso quase sempre a proposta foi directamente prática. Para Oliveira et al. (2006) tal como é normalmente utilizado o treino integrado não rompe verdadeiramente com a lógica da “norma de treinar”. O “treinar com bola” serve apenas como um meio de simular o treino físico, e não como um imperativo para operacionalizar o modelo e os princípios de jogo que se querem para a equipa.


Guilherme Oliveira (2003) afirma que antes de qualquer outra tarefa, o treinador deve fazer uma introspecção acerca das suas ideias de futebol. Dessa auto-reflexão devem ficar claras as ideias de como queremos que a “nossa” equipa jogue, tanto nos aspectos mais gerais como nos aspectos mais particulares. O futebol é considerado como uma modalidade desportiva eminentemente táctica (Teodorescu, 1984; Meinel y Scnabell, 1988; Deleplace, 1994 citados por Oliveira, 2006). Considerando que o futebol pode apresentar alguma regularidade, dentro da sua extrema complexidade e aleatoriedade próprias de um jogo, ao treinador exige-se que modelize um tipo de jogo (Fernandes, 2003).

Nesse contexto, segundo Garganta (2007) o futebol só faz sentindo entendido dentro de uma proposta táctica, com o treino visando a implementação de uma “cultura para jogar”. Para o autor, a forma de jogar é construída e o treino consiste em modelar os comportamentos e atitudes de jogadores/equipes, através de um projecto orientado para o conceito de jogo/competição.


Assim, antes da definição de uma qualquer metodologia ou “tipo” de treino o treinador deve ter um modelo de jogo perfeitamente definido. Guilherme Oliveira (2003) define modelo de jogo como uma ideia / conjectura de jogo constituída por princípios, sub-princípios, sub-princípios dos sub-princípios, representativos dos diferentes momentos / fases do jogo, que se articulam entre si, manifestando uma organização funcional própria, ou seja, uma identidade. Esse Modelo, como Modelo que é, assume-se sempre como uma conjectura e está permanentemente aberto aos acrescentos individuais e colectivos, por isso, em contínua construção, nunca é, nem será, um dado adquirido. Ou seja, o modelo de jogo deve ser entendido com um sistema auto-organizado e autopoiético, algo em aberto e dinâmico, contemplando mudança, um aspecto determinante para emergi-lo da criatividade dentro do sistema, que, tendo subjacente um determinado padrão, permite aos jogadores, evoluírem para níveis de complexidade mais elevados, sem perda de identidade (MACIEL, 2008). Nesse preceito, o Modelo final é sempre inatingível, porque está sempre em reconstrução, em constante evolução.

Este aspecto é também defendido por Faria (2003) pois se o objectivo é ter uma equipa organizada para competir, essa organização só se consegue através da utilização de exercícios de jogo pertencentes a um modelo de jogo e que permitem exacerbar um conjunto de princípios que definem esse modelo.

Relativamente ao modelo de jogo é importante salientar que a táctica não significa apenas uma organização no espaço de jogo e uma repartição de missões específicas pelos jogadores, mas sim a existência de uma concepção unitária para desenvolver o jogo, ou em outras palavras, um tema geral sobre o qual permite aos jogadores estabelecerem uma linguagem comum entre si (Martinez, 2003 citando Castelo, 1996). Para Faria (2003) o futebol é táctica mas não um táctico qualquer. È um táctico modelo, táctico cultura, é táctico como entendimento colectivo de uma forma de jogar e uma filosofia de jogo, definida claramente pelo treinador e que tem que ser a relação entre cada um dos elementos da equipa sob a qual todos se devem orientar. Portanto, táctico sim, mas como modelo, cultura e linha de orientação em termos de organização do jogar. (Figura 1)

 



 
 
È partindo deste pressuposto que nos permitimos a avançar para uma breve introdução à especificidade. Gibson (1979, citado por Oliveira, 2006) define especificidade como um conceito qualificador de uma relação entre variáveis. Essas variáveis representam a informação específica de determinado contexto. No treino em futebol de acordo com Castelo (2000) a especificidade pode ser definida como “um processo pedagógico que visa desenvolver as dimensões tática, cognitivas-perceptivas, técnicas, físicas, psicológicas, estratégicas e socio-culturais dos praticantes e das equipas no quadro específico das situações competitivas através da prática sistemática e planificada do exercício, orientada por princípios e regras devidamente fundamentadas no conhecimento científico”. Mourinho (2001) afirma que no processo de treino deve existir uma “exponenciação do princípio da especificidade. Uma especificidade/Modelo de jogo e não apenas uma especificidade/modalidade.” Para Tamarit (2007) a especificidade/Modelo de jogo relaciona-se com uma determinada forma de jogar, distinta da especificidade/ modalidade que é apenas composta por exercícios físicos, as vezes com bola.


Neste contexo, uma correcta metodologia de treino deve ser, segundo Mourinho (2001), “orientada em função de grandes objectivos em que há uma relação íntima entre o modelo de treino e o modelo de jogo, no qual, os jogadores, para perceberem o modelo de treino, têm de perceber o modelo de jogo.” Ainda acerca do tema Losa et al. (2006) consideram que quando se fala de treino físico-técnico-táctico, físico-técnico,… se trata de unir ou somar coisas ou partes, que para tal tiveram que ser separadas previamente. É aqui que reside o erro de base do planeamento convencional. Garganta et al. (1996) refere de igual forma, que o futebol é um fenómeno multidimensional e, por isso, requer uma interacção constante de suas dimensões. Ao referirem-se ao treino integrado, Losa et al. (2006) remetem-no para a teoria dos sistemas dinâmicos, isto equivale a dizer de que o todo é mais que a simples somas das partes pois, tal como refere Garganta (2001), nos sistemas de alta complexidade que operam em contextos aleatórios, como aqueles que coexistem num jogo de Futebol, a separação artificial dos factores que concorrem para o rendimento desportivo parece revelar-se inoperante. Nesta ideia o futebol deve ser entendido como um sistema complexo não linear, que se auto-organiza, tendo subjacente um conjunto de padrões comportamentantais previamente definidos.

Jesualdo Ferreira (2006) refere que a grande alteração ao nível do treino foi quando se viu, que para um jogador explorar todas as suas capacidades, era preciso pensar. Para o mesmo autor, no futebol é preciso tomar decisões contantemente, ou seja, ter jogadores inteligentes que saibam pensar nos vários momentos do jogo em busca de uma identidade coletiva. Assim, a essência do futebol está na dimensão táctica, em treinar exercícios que visem a implementação e organização de um jogar.

Mas que exercícios utilizar? O que devemos treinar? Devemos treinar a organização do jogo da equipa, através de padrões de acção, individuais e colectivas (nas diferentes escalas) com o objectivo de criar um conjunto de referências decisionais para que os jogadores saibam o que fazer e possam ser criativos nas diferentes situações do jogo (GUILHERME OLIVEIRA, 2009). Assim o modelo de treino, nesse caso a PT, deve permitir que esses padrões de ação se transformem em hábitos.

Atendendo a todos os pressupostos anteriormente expostos é importante reflectirmos acerca de alguns aspectos que consideramos importantes para que exista uma correcta utilização da PT. De forma a reforçar estas ideias, apresentamos abaixo os princípios orientadores e alguns sub-princípios mais pertinentes da PT, contrastando com seus erros e equívocos cometidos na aplicação destes pressupostos metodológicos.

 
 
Princípios e Sub-Princípios metodológicos da Periodização Tática
 
 
Se observarmos os breves ideais apresentadas no tópico acima, percebemos a importância na escolha de um modelo de jogo e uma metodologia que operacionalize esse jogar. Como citamos anteriormente, várias são metodologias que podem obter êxitos desportivos. Algumas sequer possuem em seu núcleo central um modelo de jogo definido, outras até possuem, mas sem os estímulos específicos correctos para o desenvolvimento do jogar pretendido.


A partir disso, visualizando uma real evolução do treino em futebol, entendemos que a PT disponibilizada um referencial inteligente para operacionalização de uma forma de jogar. Em cima dessa idéia, selecionamos abaixo alguns princípios metodológicos dessa abordagem e posteriormente contrastamos com alguns erros conceituais de aplicação. Em suma, pautamos todos os princípios metodológicos, já que o morfociclo padrão (Figura 2) é somente atingível se esses princípios estiverem interligados a todo instante e contextualizamos alguns sub-princípios mais impactantes, da mesma forma, interligados com os demais

 
 
 
 
 
 
 
 
Princípio da Hierarquização dos princípios do jogo
 
 
Dentro de um modelo de jogo, tem-se vários princípios para serem trabalhados durante os treinos. Segundo Brito (2003) os princípios de jogo são linhas orientadoras básicas que coordenam as atitudes e comportamentos táticos dos jogadores quer no processo ofensivo, quer no processo defensivo, bem como nas transições.


Assim, entra o conceito de desmontagem e hierarquização dos princípios para eleger alguns objectivos parcelares a serem trabalhados. Nesse preceito, devemos entender que apesar da supervalorização de alguns princípios o sistema de interação se mantém. Em cima disso, os princípios são hierarquizados e desmontados para uma melhor compreensão didáctica dos participantes do processo, sendo que a essência do jogo e do jogar da equipe não são alterados, apenas particularizados. (Figura 3)




 
Basicamente o que este princípio metodológico defende é uma “simplificação da estrutura complexa do jogo” e uma constante relação construtiva alicerçada em fundamentos tácticos progressivamente mais complexos com a finalidade última de construir/consolidar o modelo de jogo adoptado. È a aquisição progressiva de vivências práticas de jogo que permitem um aumento da complexidade dos movimentos colectivos, até porque ao mais alto nível a relação qualidade/complexidade é muito próxima. Hierarquizar pressupõe também distinguir entre si os princípios mais e menos importantes em determinada situação/exercício pois só assim nos é possível intervir coerentemente e seguir uma linha orientadora clara
 
 
Princípio da Especificidade
 
 
Muita gente às vezes costuma dizer “ah, então não há nada mais específico do que o jogo 11x11.” Não! Não é nada disso, isso é uma blasfémia. Porque se reconhecemos que o nosso jogar tem X princípios e X sub-princípios, e deixamos em aberto a possibilidade de acontecerem uma determinada quantidade de sub-princípios dos sub-princípios, que são o resultado desta inter-relação concreta, portanto em termos de treino, temos que lhes dar, de uma forma hierarquizada, sendo que umas são mais importantes do que outras, mas temos que actuar sobre todas, sobre eles todos, para eles melhorarem. A especificidade cumpre-se aí, é no respeito que tenho por todos os princípios, e o respeito em termos metodológicos. Agora isto não é fácil, eu fazê-lo de modo a todos melhorarem e sem se estorvarem, sem se contaminarem negativamente uns aos outros” (Frade 2006).


Frade (2006) considera este como um supra-princípio do treino em futebol. O principio de especificidade da periodicação tática PT , segundo Guilherme Oliveira (1991) deve criar situações tácticas que o jogo da equipe requisita, impicando nos jogadores o desenvolvimento de todas as dimensões, através do modelo de jogo adotado. Para Frade (2002), o que condiciona a especificidade é o modelo de jogo da equipe e este possui suas particularidades de acordo com cada contexto. Rocha (2003) afirma que essa especificidade requer uma adaptaçao oriunda de exercicios específicos de determinada forma de jogar. Neste contexto, devemos entender que cada jogar exige sua especificade exclusiva, ou seja, existem várias especificidades.

Esse conceito de especificidade remete-te a idéia de que os exercícios planejados, deverão ser baseados na estrutura do jogo da equipe, na forma de jogar pertencente a equipe ( TEODORESCU, 1977). Assim, percebe-se que todos os momentos do processo serão contextualizados pelo jogar que pretendemos para a equipa, até nos pequenos princípios de jogo deve-se promover a linguagem comum, que o jogo da equipa deve aspirar (GOMES, 2006).

De acordo com Guilherme Oliveira (2009), na Periodização Tática, só se considera algo específico, se estiver relacionado com o modelo de jogo criado. Segundo o mesmo autor, a sua operacionalização deve assumir várias dimensões/escalas: coletiva, inter-setorial, setorial e individual. Além disso, o cumprimento do princípio de especificidade da Periodização Tática é somente atingindo por inteiro se durante o treino: os jogadores mantiverem um elevado nível de concentração durante o exercício; o treinador intervier adequadamente e a antecipadamente perante o exercício e os jogadores entenderem os objetivos e as finalidades do exercício (GUILHERME OLIVEIRA, 2009). Frade (2006) sintetiza afirmando que mais do que transmitir ideias, o treino é fundamental para fazer os jogadores vivenciar essas ideias. A vivenciação das ideias do treinador só se consegue através da criação de situações de treino que lhes permitam realizar inúmeras vezes uma determinada acção.



Princípio da Alternância Horizontal na Especificidade


Segundo Gomes (2006), esse princípio reconhece que a operacionalização do jogar tem exigências de esforço e, portanto, conseqüências específicas. Na concepção da mesma autora, é fundamental que a gestão do processo assente numa relação de desempenho-recuperação que permita a melhor adaptabilidade dos jogadores. Tamarit (2007) confirma esse preceito ao afirmar que esse princípio é o encarregado de regular a relação existente entre esforço e recuperação. Para que os jogadores se relacionem com qualidade, tenham desempenhos positivos é preciso desenvolver o jogar por níveis de organização, ou seja, variando a complexidade do jogar ao longo da semana. Assim, não existe sobreposição porque dentro do mesmo jogar que se quer, as aquisições comportamentais são de outro registo, em função da complexidade do jogo (GOMES, 2006). Neste preceito, é necessário que se obedeça a uma alternância horizontal ao nível do tipo de contracção dominante, segundo variáveis como tensão, velocidade e duração da contracção muscular (TAMARIT, 2007). Percebe-se assim através desta abordagem que a operacionalização incide em determinados aspectos do jogar tendo em contas as exigências que cada “dimensão” comporta. Assim, ao longo da semana desenvolve diferentes escalas de organização (GOMES, 2006). A alternância tem que ser horizontal e não vertical para escapar ao sobretreino (num dia uma coisa, noutro dia outra coisa, e não um pouco de tudo em cada dia) – fazer alternância no mesmo treino não dá tanto resultado.


Abaixo nas figuras (4 e 5), Aroso (2006) propõem um exemplo:

 




 




Princípio da Progressão Complexa
 
 
Esse princípio pode ser caracterizado como a redução da complexidade ao modelo de jogo, vivenciando princípios e subprincípios (TAMARIT, 2007). Assim procura-se “montar” e “desmontar” os princípios e os subprincípios e hierarquizá-los durante o padrão semanal e ao longo dos padrões semanais, consoante a evolução da equipa (GUILHERME OLIVEIRA, 2009). A progressão deve fazer-se de acordo com estratégias de aquisição de menor quantidade para maior quantidade. Para Frade (2001), os princípios articulam-se entre si, mas há os princípios principais e os secundários em cada dia da semana, e em cada exercício realizado.


Ao longo do padrão semanal de treino são transmitidas informações aos jogadores que se pretendem transformar em aquisições de hábitos e padrões de jogo. Atendendo a este facto a complexidade de informação transmitida deverá ser progressivamente aumentada, ou seja, por exemplo, estratégia específica para o jogo do fim-de-semana; Inicialmente deverão ser transmitidas informações mais gerais de estrutura macro-tactica de forma a dar uma visão global e abrangente daquilo que se pretende. Após uma vivenciação deste tipo de informação pede-se ao treinador que vá pormenorizando as suas informações a aumentando os seus critérios de exigência, até aos pormenores micro-tacticos, para que os jogadores atinjam a performance desejada.

 
Princípio das Propensões
 
 
Esse princípio pode ser caracterizado como a redução da complexidade ao modelo de jogo, vivenciando princípios e subprincípios (TAMARIT, 2007). Assim procura-se “montar” e “desmontar” os princípios e os subprincípios e hierarquizá-los durante o padrão semanal e ao longo dos padrões semanais, consoante a evolução da equipa (GUILHERME OLIVEIRA, 2009). A progressão deve fazer-se de acordo com estratégias de aquisição de menor quantidade para maior quantidade. Para Frade (2001), os princípios articulam-se entre si, mas há os princípios principais e os secundários em cada dia da semana, e em cada exercício realizado.


Ao longo do padrão semanal de treino são transmitidas informações aos jogadores que se pretendem transformar em aquisições de hábitos e padrões de jogo. Atendendo a este facto a complexidade de informação transmitida deverá ser progressivamente aumentada, ou seja, por exemplo, estratégia específica para o jogo do fim-de-semana; Inicialmente deverão ser transmitidas informações mais gerais de estrutura macro-tactica de forma a dar uma visão global e abrangente daquilo que se pretende. Após uma vivenciação deste tipo de informação pede-se ao treinador que vá pormenorizando as suas informações a aumentando os seus critérios de exigência, até aos pormenores micro-tacticos, para que os jogadores atinjam a performance desejada.

 
Sub Princípio da Intensidade e Concentração de Decisão
 
 
A grande “conquista” da PT relativamente a outros métodos de treino está relacionada com o tipo de estímulos a que os jogadores são sujeitos durante o padrão semanal de treino. As questões relativas á intensidade de treino são fundamentais para quem pretende aplicar esta metodologia pois a este conceitos está inerente não apenas as questões de âmbito fisiológico mas, sobretudo, intensidades de concentração e de constante pressão competitiva. Um exemplo muito fácil para percebermos relaciona-se com a marcação de um penalty, por exemplo, este é um exercício ou acção de jogo que em termos de intensidade fisiológica é quase insignificante é no entanto uma acção que acarreta uma elevadíssima carga emocional e de grande intensidade para o sistema nervoso central. Aquilo que se pretende é que independentemente do exercício provocar ou não grande desgaste energético, este seja capaz de provocar nos jogadores uma pressão competitiva o mais próxima possível da realidade competitiva.


Devemos entender que a concentração também se treina e pode ser um factor decisivo ao mais alto nível até porque a fadiga central é um dos grandes problemas do Futebol, a denominada fadiga táctica (Carvalhal 2003) e que se caracteriza pela incapacidade dos jogadores se concentrarem e dosearem o esforço resultando em perda de entrosamento em situação de jogo. Para Carvalhal (2003) impõe-se ao nível do treino uma inversão do binómio volume-intensidade, a intensidade é quem “comanda”, e o volume deve ser gerido durante o microciclo como o somatório de fracções de máxima intensidade (volume de qualidade) de acordo com o modelo de jogo adoptado. Podemos construir um exercício surpreendentemente intenso fisiologicamente mas que dentro daquilo que são as exigências do nosso modelo de jogo nada acrescenta o que para nós significará zero em termos de intensidade na PT… Assim a intensidade resulta da necessidade de criar dinâmicas do jogar da equipe (Carvalhal, 2002)

Carvalhal (2003) afirma que o treinar com base em intermitências máximas de acordo o modelo de jogo adoptado, vai criar o hábito no organismo de se cansar a realizar este tipo de esforço, mas também em função deste esforço a recuperar mais rapidamente

 
Sub Princípio da Descoberta Guiada



 
 
O processo de transmissão de informação em futebol, tratando-se de um sistema complexo de interacção entre seres racionais com emoções e pensamentos distintos deverá funcionar para além do simples processo de transmissão/assimilação de conteúdos. O processo será tanto mais correcto quanto maior for a interacção entre os intervenientes directos.


Mourinho (2002) descreve o seu processo de treino aquando da passagem por Barcelona afirmando que “jogadores com este nível não aceitam o que lhes e dito apenas pela autoridade de quem o diz. E preciso provar-lhes que estamos certos. A velha história do mister ter sempre razão não é aqui aplicável. (...) O trabalho táctico que promovo não é um trabalho em que de um lado esta o emissor e do outro o receptor. Eu chamo-lhe a descoberta guiada, ou seja, eles descobrem segundo as minhas pistas. Construo situações de treino para os levar por um determinado caminho. Eles começam a sentir isso, falamos, discutimos e chegamos a conclusões. Mas para tal, e preciso que os futebolistas que treinamos tenham opiniões próprias. Muitas vezes parava o treino e perguntava-lhes o que eles sentiam em determinado momento. Respondiam-me, por exemplo, que sentiam o defesa direito muito longe do defesa central. Ok, vamos então aproximar os dois defesas e ver como funciona. E experimentávamos, uma, duas, três vezes, ate lhes voltar a perguntar como se sentiam. Era assim até todos, em conjunto, chegarmos a uma conclusão. É isso que chamo de descoberta guiada”.

O sucesso dessa questão está no facto de os jogadores chegarem às conclusões que nós queremos que eles cheguem, por isso é que se diz descoberta guiada, porque terá que ser direccionada num sentido que é aquele que mais nos convém a nós treinadores e á equipa em particular. O trabalho de um treinador em última instância será sempre assegurar que a sua equipa é autónoma e capaz de responder correctamente aos desafios que lhes vão surgindo ao longo da competição e isto consegue-se tendo jogadores e uma equipa capaz de “pensar o jogo” e dando-lhes a liberdade de, sempre dentro dos princípios de jogo definidos, tomarem livremente as opções que mais consideram correctas perante determinadas situações. Com a descoberta guiada, pretende-se criar jogadores inteligentes e críticos, condicionando-os a descobrirem com suas próprias ações, reflexões e sentimentos os melhores caminhos para chegar ao resultado final (jogar da equipa).

Assim, o trabalho diário deve primar por dar pistas e não respostas, responder a questões com outras questões, obrigar os jogadores a reflectir e chegarem por eles próprios às conclusões que pretendemos transmitir-lhes, mais que “dar um peixe, devemos ensiná-los a pescar…”!

 
Sub Princípio da Liderança


 
 
Sobre o tema liderança poderiam ser escritas várias teses pois é provavelmente um dos temas mais sensíveis para quem comando um grupo ou equipa pois está dependente de uma série de variáveis difíceis de controlar como personalidade, forma de ser e estar de cada um, etc. Apesar disto, muito resumidamente, ao nosso ver, na PT devemos funcionar implementando aquilo a que chamamos uma “Ditadura democrática”, ou seja, sermos capazes de seguir o nosso plano de trabalho e as suas linhas orientadoras de forma rigorosa mas sempre dando a ideia de que todos são parte fundamental no desenrolar do mesmo. Para Goleman et al. (2002), o objetivo central da liderença consiste em gerar e compartilhar sentimentos positivos entre todos. Assim, o lider deve estar em sintonia com os seus liderados, influenciando-os e motivando-os em todos os âmbitos do treinar/jogar.


O mesmo deve ter a capacidade de fazer com que as suas decisões pessoais sejam encaradas ou compreendidas pelos jogadores como uma decisão de todos e conduzi-los na direcção que mais convém, para tal é fundamental demonstrar competência técnica e ser uma parte sempre activa no desenrolar das aquisições vivenciadas dos princípios de jogo.

Após a definição dos pilares da PT, expomos abaixo alguns “enganos” cometidos por metodólogos que afirmam utilizar alguns preceitos da PT.

 



 
1. Muitos são ainda os erros cometidos na introdução e conceptualização do termo “modelo de jogo” aliás este é definido com sendo “tantas coisas” que é difícil perceber o seu real significado. A verdade é que o modelo de jogo de forma generalista trata-se simplesmente de um projecto de organização colectiva de jogo, que deve ser perfeitamente claro para todos os intervenientes do processo de jogo (treinador e jogadores) envolvendo tudo aquilo que possamos considerar como importante para se jogar de determinada forma e/ou estilo. A verdade é que não existindo esta ideia clara de organização de jogo torna-se difícil, senão impossível, aplicar a PT dado que esta só é verdadeiramente eficaz se for aplicada tendo objectivos de introdução de hábitos e comportamentos de jogo padronizados.


2. Usualmente as planificações são pouco pormenorizadas e não estão construídas com as ramificações necessárias para abranger todos os fundamentos essenciais na construção do jogo da equipa. A vivência no mundo do futebol leva-nos a afirmar que são poucas as equipas técnicas que efectivamente definem, por exemplo, objectivos específicos por posição, sector, corredor, etc. … em cada uma dos seus microciclos, sessões e exercícios de treino. È importantes estarem claramente definidos e programados objectivos ambiciosos e específicos para cada momento do jogo pois é impossível percorrer um caminho se não soubermos como e para onde queremos ir…

3. Um dos principais problemas ao nível do treino e da investigação científica baseia-se na influencia do feedback do treinador no treino, qual a sua importância e de que forma influência a prestação dos jogadores e da equipa. Este é sem dúvida um aspecto que nos parece fundamental na aplicação da PT pois o facto de a ênfase fundamental do treino estar baseada na dimensão tática leva a que o “habitual” feedback de ordem simplesmente emocional e psicológico não possa ser considerada uma solução q.b. para a resolução dos problemas levantados no treino. Exige-se de quem lidera o treino uma observação meticulosa dos comportamentos individuais e colectivos a sua constante e correcta correcção, assim como a valorização dos comportamentos tidos como fundamentais para a construção de determinado processo de jogo. È muito importante para um jogador ter informações in loco ou á posteriori acerca da correcção das suas acções de jogo, pois só tendo essa informação ele poderá corrigir/optimizar comportamentos. O feedback do treinador deve ser objectivo e ter um significado claro para todos os jogadores baseado nas experiências e vivências de treino. Habitualmente considera-se que “uma imagem vale por mil palavras” no entanto, o papel dum treinador que utilize a PT como método de trabalho terá que ser “fazer com que uma palavra signifique mil imagens” para o jogador e isto só se constrói com intervenção específica e constante durante o processo de treino. (Exemplo, um jogador ao ouvir o feedback “contenção” deverá rapidamente assumir uma postura corporal e de interpretação de jogo que lhe deverá ter sido previamente transmitida e exercitada vezes sem conta durante os treinos, a uma palavra ele deverá associar uma série de momentos de jogo e treino que deverão servir como linha orientadora de actuação perante aquela situação específica). A verdade é que sem este tipo de atitude e forma de estar no treino torna-se difícil a obtenção de resultados com esta metodologia.

4. Uma das tarefas mais difíceis que qualquer treinador tem é a de padronizar e calendarizar correctamente os passos necessários para a obtenção de determinados comportamentos individuais e colectivos. Qualquer hábito de jogo apenas surge com uma intensa exercitação e com uma correcta introdução dentro dos processos de organização de jogo da equipa. Todos nós treinadores, nos sentimos tentados a introduzir novos processos colectivos na nossa forma de jogar no entanto muitas vezes não somos capazes de precaver os efeitos nocivos que estes novos processos poderão desencadear na qualidade de jogo da nossa equipa. De forma a minimizar os riscos é importante que os processos de jogo sejam introduzidos de forma coerente e progressivamente evitando precipitações. A tentação de avançar rapidamente com as exigências e a complexidade dos comportamentos por vezes impede sua correcta assimilação e existindo erros nas bases tudo se torna mais difícil. (segundo a sabedoria popular “Pau que nasce torto tarde ou nuca endireita”). De forma a conseguir uma boa organização defensiva como método de jogo baseado numa defesa à zona é fundamental que numa primeira fase os jogadores consigam dominar correctamente os princípios defensivos individuais e colectivos elementares, por exemplo.

5. Um dos maiores riscos da utilização da PT como método orientador do processo de treino encontra-se no facilitismo que habitualmente “corrompe” quer jogadores quer técnicos em determinados momentos da época. A PT exige que se cumpra o princípio da especificidade no treino aliado ao princípio das propensões, ou seja, a criação de exercícios que “conduzam” os jogadores a determinados comportamentos e que propiciem que os jogadores sejam colocados frequentemente em situações que os obriguem a realizar os comportamentos pretendidos. O objectivo será que num breve espaço de tempo um jogador seja colocado perante a “obrigação” de resolver uma situação específica de jogo, só esta repetição sistemática e correctamente orientada permite a sua correcta apreensão do comportamento desejado. A verdade é que a PT não é assim entendida e por vezes cai-se na utilização frequente de jogo desproporcionado de objectivos pedagógicos e sem uma orientação coerente. A utilização frequente de jogo ou “formas de jogo” é um dos princípios fundamentais da PT no entanto este princípio tem sido subvertido e utilizado como um exercício que nada tem de específico e que serve apenas como um exercício quase anárquico ou pior ainda como uma forma de manter os jogadores “entretidos a jogar uma pelada”.

6. A PT assenta numa integração-interação de todas as dimensões do jogo arrastadas em função de objectivos de índole táctica, ou seja, em função de um objectivo previamente definido o exercício pode (aliás, deve) ser formatado através da manipulação das suas componentes estruturais de forma a serem, também, atingidos os objectivos relativos ás sub-dominantes do exercício, ou seja, imaginando um simples exemplo onde queremos trabalhar uma cobertura defensiva; definimos um exercício com uma determinada complexidade, tempo e espaço de forma a atingir objectivos relativos á dimensão física, técnica e psicológica mas sempre subvertidos ao 1º objectivo que será sempre a correcta realização da cobertura defensiva. A verdade é que esta lógica tem sido invertida e a utilização de jogos reduzidos é feita, quase sempre, em função de parâmetros puramente fisiológicos com uma excessiva preocupação com intensidades de treino e tempos de exercitação deixando num plano muito pouco relevante a dimensão táctica que segundo a PT deveria ser sempre a definidora da orientação do treino. Daqui advém em muitos casos o falhanço na utilização desta metodologia de treino pois em muitos casos não se conseguem atingir nenhum dos objectivos definidos pois o exercício acaba por não ser específico para nada daquilo que pretenderíamos atingir.

7. O facto de a PT pressupor uma constante intervenção do treinador em função dos objectivos tácticos e correcções frequentes de posicionamentos e formas de estar leva, em vários momentos, a divergências de opinião com os jogadores pois enquanto o treinador deverá em todos os momentos ponderar o melhor para o colectivo (que muitas vezes não significa o melhor para cada um dos jogadores) o jogador tem tendência a individualizar critérios de sucesso. A sensibilidade dos jogadores relativamente a aspectos tácticos é maior do que relativamente a outras dimensões do jogo e as correcções são sempre um foco de “desacordo” perante hábitos adquiridos e experiências de sucesso anteriores. O treinador terá que demonstrar, em todos os momentos, competência técnica para que o jogador mesmo que tendo dúvidas siga as suas indicações. Por exemplo um lateral que toda a vida tenha feito marcação individual com sucesso vai-se sentir renitente com uma marcação á zona que o seu treinador pretenda implementar, no entanto faz parte do trabalho do treinador ser capaz de argumentar e demonstrar através de exercícios de treino que os novos comportamentos e hábitos de jogo são aqueles que mais interessam ao colectivo e que são realizados com uma lógica que vai muito além daquilo que é o bem-estar individual do jogador. Não conseguindo o treinador criar veículos de comunicação com os jogadores ser-lhe-á colocada em causa diversas vezes a sua autoridade como líder do grupo. A competência e capacidade técnica do treinador terá que ser provada todos os dias, todos os treinos, todos os exercícios… sendo difícil sobreviver apenas na base do carisma e da capacidade de liderança psicológica pois a qualidade de intervenção no treino e no jogo serão em última instância decisivas para ser um líder e não apenas um chefe.

8. A introdução constante de “jogo” como forma de treino sendo inicialmente muito motivante poderá, a seu tempo, transformar-se num problema para o controlo do treino dado que muitas vezes existe uma certa estagnação do processo de treino e este torna-se monótono e previsível. Assim é importante que a complexidade dos exercícios vá sendo reforçada/alterada ao longo do decorrer das sessões de treino. O jogo é também “perigoso” pois causa nos jogadores uma grande fadiga ao nível do sistema nervoso central e a “intensidade” de treino e de estímulos a que devemos dar resposta devem ser ponderados antecipadamente. A fadiga do sistema nervoso central é uma das maiores preocupações da PT e a incorrecta complexidade de estímulos pode ser desastrosa para a equipa. Uma das estratégia utilizadas habitualmente de forma a evitar este “burnout” é a introdução de diversas pausas na sessão de treino e a redução da sua duração temporal, o importante não é o tempo que a sessão dura mas sim o números de estímulos de elevado intensidade de concentração a que os jogadores foram sujeitos.

9. Uma ideia pré-concebida e que urge transformar é a de que existem exercícios ideais para treinar um dado comportamento de jogo, a verdade é que, existindo exercícios melhores ou piores, o objectivo do treino deve estar sempre definido em função de princípios de jogo e não da correcta execução do exercício em si. Muitas vezes exercita-se um exercício obsessivamente até que este decorra de forma perfeita perdendo-se a noção de que o importante é que os princípios de jogo que o mesmo deve exponenciar deverão ser o foco principal de treinador. A PT não pretende treinar exercícios mas sim princípios de jogo, ou seja, tanto um mesmo exercício poderá ser direccionado para diferentes princípios de jogo como diferentes exercícios poderão ser direccionados para um mesmo comportamento ou hábito de jogo. O importante são os objectivos finais estarem perfeitamente identificados e independentemente da forma de lá chegar serem atingidos por todos. Muitas vezes existe a tentação em copiar de exercícios sem se conseguir perceber verdadeiramente quais os objectivos que estão por trás da sua realização e este é um caminho que raramente leva ao sucesso.

10. Como qualquer outro processo pedagógico têm que ser definidos parâmetros de avaliação do trabalho desenvolvido e se segundo determinadas lógicas de treino o controlo das variáveis é facilitado, o mesmo não acontece com a utilização da PT. Em metodologias que privilegiam aspectos físicos existem uma série de testes de controlo de treino testadas cientificamente que permitem estabelecer “fórmulas” de sucesso e ter uma noção clara da qualidade do processo de treino. A fórmula mais fácil de avaliação numa equipa de futebol é simples: RESULTADOS… No entanto nem sempre que se ganha tudo vai bem nem sempre que se perde tudo vai mal, como tal o processo de treino terá que ser avaliável segundo outros parâmetros de evolução que nos permitam ter dados relativamente á evolução do processo. Este avaliação de processos deverá ser realizada em função da aquisição ou não de determinados hábitos de jogo individuais,inter-sectoriais, sectoriais e colectivos. Esta será sempre uma forma de avaliação sujeita alguma subjectividade e avaliação empírica, no entanto uma equipa que em cada dez estímulos de uma determinada natureza executa oito vezes de uma forma padronizada será concerteza uma equipa que denota trabalho e evolução de processo. Exige-se também uma avaliação em função da qualidade e não apenas quantidade de acções resolvidas pela equipa e este tipo de controlo de treino é muitas vezes negligenciado em função de objectivos de resultado ou curto prazo. A análise simplista do processo de treino dificulta o diagnóstico dos problemas essenciais e a correcta evolução do mesmo.

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